Defesa de dissertação de mestrado de Victor Augusto Mendonça Guasti

Título: “Entre risos e rusgas: o conflito político-teatral entre padre Marcelino e cônego Januário (1831-1836)”
Data: 23/03/2023
Horário: 9h
Link para sala de reunião: https://meet.google.com/erb-mqda-gfw 

Banca examinadora:
Profa. Dra. Adriana Pereira Campos (Presidente/Orientador – UFES)
Profa. Dra. Kátia Sausen da Motta (Coorientadora - IFES)
Prof. Dr. Ítalo Domingos Santirocchi (Examinador Externo - UFMA)
Prof. Dr. Marcello Otávio Neri de Campos Basile (Examinador Externo - UFRRJ)
Profa. Dra. Karulliny Silverol Siqueira (Examinador Interno - UFES)
 

Resumo: Entre 1831 e 1836, anos iniciais do Período Regencial Brasileiro, ocorreram diversas revoltas e  sedições  na  corte,  fruto  das  diversas  insatisfações  políticas  e  econômicas  que  a  população nutria. Entre esses conflitos ocorreu a Sedição de Praia Grande (1834) sob a liderança do padre Marcelino  Pinto  Ribeiro  Duarte  (1788-1860).  Uma  vez  preso,  Marcelino  foi  atacado  pelo cônego Januário da Cunha Barbosa (1780-1846), que escreveu uma sátira teatral caçoando do sacerdote. Uma vez absolvido e livre, Marcelino respondeu ao cônego, escrevendo uma farsa teatral. Este estudoobjetiva-se em compreender, reconstituir e apresentar a batalha política-jornalística-teatral travada entre os sacerdotes, bem como a repercussão que ela teve na Imprensa do período. Pretende-se,neste sentido, identificaras ideias políticas defendidas por cada um dos clérigos pesquisados, e como estas contribuíram para a ocorrência da querela. Esta investigação tem as peças teatrais e a imprensa como principal corpus documental, tendo em vista que os jornais eram espaços privilegiados do debate político do período e de divulgação e discussão da vida teatral do Rio de Janeiro. Para a análise da documentação, esta pesquisa se utiliza do  estudo das linguagens políticas, propondo a identificação dos vocábulos mais utilizadosnas peças e nos jornais redigidos pelos sacerdotes, bem como a análise da composição de uma nova linguagem, composta por ressignificações fruto dadinâmica política do novo momento inaugurado pela abdicação de Dom Pedro I (1831). Além do estudodas linguagens, este estudo utiliza-se do conceito de cultura política, visando identificar novos valores e símbolos que se inserem na sociedade imperial durante a vacância do trono. Tendo como base as premissas teórico-metodológicas citadas, sustenta-se a hipótese que as desavenças entre padre Marcelino e cônego Januário refletiam as disputas políticas entre o grupo que defendia a centralização do Império e afacção que advogava pela federalização da monarquia, cujo ápice ocorreu no mesmo período do conflito entre os sacerdotes.

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