Defesa de dissertação de mestrado de Louise Maestri Ferreira

Título: Poder e Moda: “Vestindo-se bem, que mal tem?”: A Mesbla Magazine e o consumo feminino capixaba, na cidade de Vitória [ES], 1952 a 1972
Data de defesa: 4/4/2019
Horário: 9h
Local: sala de webconferência do Centro de Ciências Humanas e Naturais, CCHN, Campus Goiabeiras, UFES

Banca Examinadora: Maria Beatriz Nader (Orientadora)
Mara Rúbia Sant'Anna (Examinador Externo - UDESC)
Lívia de Azevedo Silveira Rangel  (Examinador Interno)

Resumo: Esta dissertação versa sobre o poder de consumo de moda da classe média alta capixaba e o desenvolvimento histórico da Mesbla Magazine, a primeira grande loja de departamentos [objeto deste estudo] que estabeleceu seu poder econômico e social na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, precisamente localizada na Avenida Princesa Isabel, promovendo novos hábitos de comportamento à sociedade vitoriense, em 1952 a 1972. O objetivo deste trabalho foi o de analisar as alterações do sentido de consumo de moda das mulheres da classe média alta vitoriense, quando da instalação da loja. O recorte temporal da pesquisa estabeleceu no ano de 1962, período esse, caracterizado pelo processo de industrialização e modernização do espaço urbano, pelas transformações nas esferas do comércio, da sociabilidade e do consumo de moda na cidade de Vitória. Como metodologia, utilizou-se o estudo monográfico de natureza exploratória [estudo de caso], com a análise de discurso construído pelas pessoas [costureiras, consumidoras e proprietários de lojas] que frequentavam o comércio do bairro Centro de Vitória, antes da chegada da Mesbla e após a chegada da loja. Para isso, buscou-se demonstrar a importância entre a tríade: consumo de moda, loja de departamentos e comportamento feminino, na construção do espaço urbano e no estilo de vida das mulheres capixabas, analisando o desenvolvimento social do centro da cidade. A pesquisa às fontes comprovou que, por discursos normativos, o centro de Vitória estabeleceu-se como um espaço de sociabilidade e status quo. Além disso, quando da chegada da loja Mesbla, por ser um espaço público dessa sociabilidade, o sentido de consumo, em termos culturais, foram ressignificados pelas mulheres, em relação ao uso da moda feminina e pelo uso de bens para construir o arquétipo de consumidoras capixabas.

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