ÍNDIOS Imperiais os Botocudos, Os Militares e a Colonização Do
rio Doce (espírito Santo, 1824-1845)

Nome: FRANCIELI APARECIDA MARINATO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/08/2007

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIO CARLOS AMADOR GIL Examinador Interno
CELESTE CICCARONE Examinador Interno
LUIZ CLÁUDIO MOISÉS RIBEIRO Orientador
VANIA MARIA LOSADA MOREIRA Examinador Interno

Resumo: Analisa o processo de colonização na porção espírito-santense do rio Doce, iniciado a partir de 1800, e as políticas direcionadas às populações nativas desse território, genericamente chamadas de Botocudos. Detém-se especialmente no período que vai de 1824, quando o nascente Governo Imperial determinou a instalação da
Diretoria de Índios do Rio Doce para reunir os Botocudos em aldeamentos, até 1845, quando nova legislação modificou a política indígena em todo o Brasil. Destaca o papel dos militares e dos quartéis para a conquista territorial, como suporte da colonização da região, e a persistente resistência dos Botocudos a tais enclaves.
Demonstra a guerra ofensiva entre índios, colonos e militares, assim como as estratégias de negociação de interesses e a elaboração de meios de sobrevivência e adaptação à situação colonial pelas populações indígenas. Utilizando as inúmeras correspondências dos diretores dos índios com o Governo Provincial e Imperial,
analisa o discurso de pacificação no Primeiro Reinado; as dificuldades financeiras para a plena implantação do projeto de colonização e integração indígena; as formas de contato e atração dos Botocudos, suas reações e a relação desenvolvida com a Diretoria em seu constante trânsito entre a floresta e aldeamentos; e os meios de
adaptação e convivência dos índios aldeados e recrutados para o trabalho compulsório em sua condição subalterna na escassa sociedade formada no Doce. Os resultados enfatizam a falência dos projetos de colonização e pacificação indígena em função da obstinada resistência dos Botocudos e das limitações e ineficiência dos enclaves coloniais, sobretudo pela falta de recursos e de meios logísticos. Demonstram ainda que, apesar do malogro do empreendimento colonial,
formou-se no Doce uma incipiente sociedade na qual houve lugar para disputas por cargos, terras e posição social, onde homens de posses e patentes militares alcançaram destaque. Essa sociedade era estampada por forte presença indígena, que não se manteve subalterna; antes demonstrou e negociou seus interesses e empreendeu uma multifacetada resistência ao projeto colonial.

Palavras-chave: 1 Doce, rio (ES). 2 Índios Botocudos. 3 Política Indigenista. 4
Colonização. 5 Militarismo.

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