Catolicismo Ultramontano e relações sociais nas cartas pastorais e nas correspondências recebidas por D. Fernando de Sousa Monteiro, Bispo da Diocese do Espírito Santo (1901-1916)
Nome: CINTIA MOREIRA DA COSTA
Data de publicação: 18/12/2023
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Papel |
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| SEBASTIAO PIMENTEL FRANCO | Orientador |
Resumo: A pesquisa destinou-se a compreender o papel exercido por Dom Fernando de Sousa Monteiro, CM, Bispo da Diocese do Espírito Santo (Brasil), entre os anos 1901 e 1916, no cenário sociopolítico e religioso capixaba da Primeira República. Oriundo de uma rica família de fazendeiros da região sul daquele estado, Dom Fernando Monteiro teve importante papel na consolidação da Diocese do Espírito Santo, ao implementar em sua jurisdição, a prática de um catolicismo em consonância com os princípios ultramontanos emanados da Santa Sé. O Bispo também era reconhecido por suas habilidades para a conciliação e aconselhamento político, tendo sido o responsável, inclusive, pela indicação de candidatos ao cargo de presidente do estado, conforme o episódio da candidatura de seu irmão Jeronymo Monteiro à sucessão estadual em 1908, num momento de grave crise política regional. Para melhor entender essa atuação, em face de um contexto ultramontano, foram analisadas diversas encíclicas de Leão XIII e Pio X, bem como as cartas pastorais publicadas por Dom Fernando Monteiro durante o período em que esteve à frente daquela Diocese. Além disto, foram analisadas cartas trocadas com familiares e amigos próximos, a fim de compreender a rede de informações e favores da qual se cercava o Bispo. Entre os objetivos estão a compreensão do processo de implementação de práticas católicas ultramontanas no Espírito Santo, o reposicionamento da Igreja Católica frente ao novo ordenamento jurídico republicano – que determinava a laicidade do Estado – bem como as relações estabelecidas entre aquele prelado e membros da sociedade local.
