O PROJETO CATÓLICO ANTIMODERNO: REFLEXOS NO BRASIL NA OBRA DE ALCEU AMOROSO LIMA (1930-1940)

Nome: BRUNO ZOTTELE LOSS

Data de publicação: 01/09/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
PEDRO ERNESTO FAGUNDES Orientador

Resumo: O objetivo primordial do presente trabalho é investigar o pensamento do intelectual Alceu Amoroso Lima no interior do sistema de pensamento vinculado à centralização eclesiástica católico-romana iniciada no século XIX como reação às modificações trazidas pela Revolução Francesa e conhecido como ultramontanismo. Será ainda abordada a atuação do mencionado escritor na sociedade brasileira dos anos 1930, quando ele assumiu com radicalidade a perspectiva tradicionalista. Nascido em 1893, de abastada família do Rio de Janeiro, Alceu Amoroso Lima de início foi influenciado pela mentalidade de laicismo e agnosticismo da Primeira República. Em 1924, teve início sua correspondência com Jackson de Figueiredo, que o levou à conversão ao catolicismo, em 1928. No mesmo ano, após a morte dele,a pedido de Dom Sebastião Leme, arcebispo do Rio de Janeiro, assumiu a direção do Centro Dom Vital e da revista A Ordem. Alceu Amoroso Lima viria a exercer imensa influência sobre a intelectualidade católica brasileira, participando ativamente do projeto católico de penetrar as instituições sociais para nelas instilar os princípios do catolicismo. No âmbito da Igreja, foi eleito presidente da Junta Nacional da Ação Católica Brasileira em 1934, permanecendo no cargo até 1945. Além disso, teve papel importante na fundação da Liga Eleitoral Católica, redigindo seu projeto inicial e tornando-se seu primeiro secretário geral. Em 1932, participou também da fundação da Coligação Católica de Estudos Superiores (embrião da atual Pontifícia Universidade Católica) e da Confederação Nacional de Operários Católicos. O objeto da presente pesquisa é o pensamento de Alceu Amoroso Lima na década de 1930, tendo sido utilizados como fonte os livros por ele publicados no decorrer desse período. A abordagem escolhida preza a Nova História Política, na perspectiva de Jean-François Sirinelli, que apresenta a história dos intelectuais como um campo autônomo, situado no cruzamento das histórias política, social e cultural. A revivescência da história política integra-se em um movimento de retorno ao sujeito agente, em ruptura com o determinismo socioeconômico.

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