Políticas públicas implementadas pelo Ministério Público capixaba em relação à violência de gênero contra as mulheres (2006 - 2016)

Nome: CATARINA CECIN GAZELE
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/04/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ÉRICA VERÍCIA CANUTO DE OLIVEIRA VERAS Examinador Externo
JUÇARA LUZIA LEITE Examinador Interno
MARIA BEATRIZ NADER Examinador Interno
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO Orientador
VALÉRIA DIEZ SCARANCE FERNANDES Examinador Externo

Resumo: Este trabalho teve o objetivo de examinar a atividade extrajudicial preventiva à violência de gênero contra as mulheres, pelos promotores e procuradores de justiça do Estado do Espírito Santo, abrangendo a região metropolitana bem como municípios do interior. Foram analisados projetos de iniciativa do Ministério Público e suas atuações em parceria com entidades públicas, empresas privadas e movimentos sociais. As ações de prevenção à violência de gênero foram tratadas metodologicamente em seus aspectos quantitativos e qualitativos. A atuação de prevenção à violência mencionada segue diretrizes da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha. Para tanto, este estudo buscou conhecimentos para compreender o que e como, diante de estatísticas sobre o tema da violência de gênero, o Ministério Público atuou no recorte temporal dos dez anos dessa lei. Foram analisados atos administrativos que deflagraram as atividades de prevenção à violência de gênero, desde 2006. Em ordem cronológica foram examinados projetos e ações. As hipóteses postas a partir desse problema foram confirmadas: o alto índice de criminalidade violenta de gênero deve-se à persistência do patriarcado em nossa sociedade, herdada da colonização europeia e consolidada em discursos, inclusive religiosos, que têm força em posicionar a mulher como submissa ainda nos dias atuais; que o fomento de políticas públicas de gênero com informações às mulheres a respeito de seus direitos e como buscá-los, como sair do ciclo da violência, como desconstruir o senso comum da internalização de que a violência conjugal seja natural, faz com que se quebre o silêncio das mulheres, diminuindo os casos e evitando reincidências; que a capacitação de policiais militares e civis, promotores de justiça e juízes de direito e assessorias dos mesmos sobre a Lei Maria da Penha, em estudos multidisciplinares, leva esses agentes a compreender a mulher em situação de violência como pessoa sujeita a direitos. Constatou-se que as políticas públicas devam ter o caráter contínuo, repetitivo a fim de alterar a cultura patriarcal ainda vigente.

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