Revistas e história disciplinar no Brasil: uma síntese da organização do campo em três periódicos Revista de História, Estudos Históricos e Revista Brasileira de História(1960‐2000)
Nome: BRUNO CÉSAR NASCIMENTO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 14/10/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXANDRE DE SÁ AVELAR | Examinador Externo |
JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO | Orientador |
PABLO ORNELAS ROSA | Examinador Externo |
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO | Examinador Interno |
UEBER JOSÉ DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
Resumo: Esta pesquisa tem como finalidade examinar se a formação da comunidade de historiadores e historiadoras profissionais a partir dos anos 1960 até meados dos anos 2000 no Brasil não se constituiu mediante um conjunto de estratégias de normalização do campo da História disciplinar e de suas práticas vazadas por meio de revistas acadêmicas que teriam estabelecido um conjunto de diretrizes aos praticantes do ofício cujos avanços se dão mediante a superação ou esgotamento de agendas de investigação e de disputas com as gerações anteriores. Ela toma como locus privilegiado, a valorização da prática e da produção textual voltada para os periódicos, que acabam por conferir uma cartografia hierárquica de redes de pesquisa que se consolidam em torno de determinadas figuras, periódicos e centros de formação acadêmica. O estudo procurou identificar estas figuras, valendo-se de conceitos como os de campo científico, habitus, história disciplinar e poder, extraídos, em especial, de autores como Foucault e Pierre Bourdieu. Personagens que ocuparam postos nas três das mais importantes revistas de história do Brasil a Revista de História da USP, a Revista Brasileira de História da Anpuh e a revista Estudos Históricos da Fundação Getúlio Vargas: editores e integrantes dos conselhos editorial e consultivo. Tal expediente possibilitou validar a hipótese levantada, verificando o modo como esse saber se consolidou e se disseminou em um cenário específico, capturando algumas de suas mudanças e dinâmicas mais recentes. Ao enfatizar a existência de posições estratégicas de preeminência e direção nas redes compostas em torno daqueles periódicos, bem como das gerações encontradas, este trabalho procurou contribuir para a compreensão dos debates e dos processos de disputa vividos pelo campo nas últimas décadas.
PALAVRAS CHAVE: Historiografia brasileira; Revistas de História; Campo científico; teoria da história.