Implicações do Grande Terremoto de 1755 em Lisboa: profetismo, ilustração e política

Resumo: A história de Lisboa ficou profundamente marcada pelo terramoto que, na manhã de primeiro de novembro de 1755, destruiu quase completamente a cidade. O rastro de catástrofe e de destruição foi narrado por diversas fontes, públicas e privadas. Esse corpo documental revela, por um lado, a força do discurso religioso imbricado na sociedade lusa. Atribuiu-se ao terramoto causas sobrenaturais, era o castigo de Deus. Um dos expoentes dessa visão foi o Padre jesuíta Gabriel Malagrida (1689-1761). Por outro, um conjunto de filósofos se colocaram a refletir sobre as possíveis explicações para a catástrofe a partir de causas naturais, o que originou um debate que atravessou a Europa, envolvendo intelectuais proeminentes das Luzes: Voltaire (1694-1778), Rousseau (1712-1778) e Kant (1724-1804). Para além dos escritos religiosos e filosóficos, há ainda o corpo de registros políticos relacionados ao Sismo, marcados por um caráter mais pragmático, eles tratam especialmente das providências práticas tomadas após a catástrofe. Interessa-nos compreender como essas esferas se relacionam, a partir da reunião de informações buscaremos uma melhor compreensão dos campos em interação no contexto analisado.

Data de início: 01/08/2016
Prazo (meses): 12

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO
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