A Vigilância da Polícia Política aos Trabalhadores em Educação da Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo (1973-1981)

Nome: MÁRCIO GOMES DAMARTINI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 03/10/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
PEDRO ERNESTO FAGUNDES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
PEDRO ERNESTO FAGUNDES Orientador
UEBER JOSÉ DE OLIVEIRA Examinador Interno
VITOR AMORIM DE ANGELO Examinador Externo

Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar se houve a vigilância da Polícia Política Capixaba sobre os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino do Espírito Santo. Na análise da documentação, disponibilizada no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES), podemos verificar que os professores da rede estadual foram vigiados pelos órgãos de repressão. Utilizamos como recorte o período de 1973 a 1981, quando a União dos Professores do Espírito Santo (UPES) foi coordenada pela professora Myrthes Bevilacqua Corradi. Para atingir o objetivo proposto, dividi o trabalho em três pontos: quem vigiou, quem foi vigiado e como se deu essa vigilância. No primeiro momento, foi feito um resgate histórico do processo de organização e
institucionalização da Polícia Política no Brasil e no Espírito Santo, ou seja, como se deu a organização da rotina, dos procedimentos e principalmente dos agentes para vigiar quem subvertia a ordem estabelecida, destacando como foi pensado e organizado o maior aparelho repressivo já visto na História do Brasil e do Espírito Santo. No segundo momento, resgato o início da organização docente capixaba, em 1958, até chegar ao final da década de 1970. Durante esse período ocorre um gradativo distanciamento da organização docente do poder público, devido ao não cumprimento das promessas feitas ao magistério pelo governo militar. Esse afastamento, materializado nas grandes assembleias realizadas na Escola do Carmo, mereceu uma intensa vigilância da Polícia Política. O auge da ação dos órgãos de repressão aconteceu no período de junho de 1981, quando o magistério capixaba entra em greve. Todo esse processo significou a coleta e a produção de mais de 700 páginas de documentos que hoje se encontram guardados no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES).

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