Paul Poiret e o diálogo entre moda e arte: a sintonia com as mudanças sociais e do pensamento entre o final do século XIX e a década de 1930

Nome: NATÁLIA DIAS DE CASADO LIMA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/03/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALMERINDA DA SILVA LOPES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALMERINDA DA SILVA LOPES Orientador
MARIA CRISTINA VOLPI NACIF Examinador Externo
PATRÍCIA MARIA DA SILVA MERLO Examinador Interno

Resumo: A Belle Époque francesa foi um período que ocorreu entre o fim do século XIX e 1914 e, durante esses anos, a capital da França, Paris, foi submetida a um processo de modernização com mudanças infraestruturais, tecnológicas e de saneamento básico. A cidade foi embelezada e novos tipos de lazeres acabaram influenciando novas atividades sociais e até mesmo a maior possibilidade de divertimentos à noite com a iluminação a gás seguida pela elétrica. Enquanto isso, também surgia uma estética artística chamada Art Nouveau, sendo bastante reproduzida em objetos, arquitetura e até em roupas. Também foi neste período que começaram a surgir as primeiras lojas de departamento e as casas de alta-costura. Os costureiros mais requisitados eram vistos praticamente como “celebridades”, ao mesmo tempo que alguns deles lutavam para obterem o status de “artista”. Dentre estes costureiros célebres, estava Paul Poiret, objeto central da pesquisa. Ele era adepto do estilo Art Nouveau e foi bastante influente entre seus colegas, mas, apesar de lançar diversas tendências inspiradoras e até mesmo ser considerado por alguns como um dos precursores do estilo Art Déco, Poiret não se mostrou indiferente a outras tendências modernas, que perpassaram suas criações no campo da moda e das artes visuais. Seu empreendimento não sobreviveu às mudanças trazidas pela moda prêt-à-porter, perdendo fama aos poucos após a Primeira Guerra Mundial. Para que se possa compreender a queda e falência deste costureiro e artista, foi necessário discursar sobre o movimento cíclico da moda, o curso das ideias no pós-guerra e como isso influenciou a sociedade e a moda. Foi possível concluir que todos esses fatores, além de problemas financeiros, pessoais e escolhas estéticas influenciaram na carreira de Poiret, que agiu sempre mais com o espírito de artista inovador do que com o de empresário de moda, o que também teria contribuído para a decadência de seus negócios. Esta pesquisa perpassa assim alguns temas: moda, arte, “tendência” e renovação, envolvendo o nome de Paul Poiret e a mudança de pensamento da sociedade do início do século XX, utilizando-se de fontes para dar base metodológica como O poder simbólico (1992), de Pierre Bourdieu, e A sagração da primavera (1991), de Modris Eksteins. Para tratar da figura de Poiret, também foram utilizadas fontes como sua autobiografia King of fashion (2009) e Couture Culture (2003), de Nancy Troy, além de diversos outros livros e artigos que contribuíram para a construção da dissertação.

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