Crise na temporalidade moderna: a distopia em Laranja Mecânica (1962) e 1985 (1978) e a consciência histórica pós-moderna
Nome: ALINE LIMA PEREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/06/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANTONIO MARCOS DA SILVA PEREIRA | Examinador Externo |
JOSEMAR MACHADO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
JULIO CÉSAR BENTIVOGLIO | Orientador |
ORLANDO LOPES ALBERTINO | Examinador Externo |
Resumo: O presente trabalho consiste, de uma maneira geral, em se pensar a ocorrência de uma diferente concepção temporal na chamada pós-modernidade por meio da análise de distopias. O objetivo da pesquisa é associar a discussão da temporalidade no século XX ao tema da distopia na contemporaneidade, uma vez que entendemos este conceito como uma chave interpretativa para problematizar o tempo histórico. Procuramos, dessa forma, encontrar um ponto de inflexão na relação entre história, distopia e literatura, para tentar compreender a possível emergência de uma nova consciência histórica. Utilizamos a contribuição de intelectuais como Walter Benjamin e Martin Heidegger, em relação à crise do tempo no presente, e de outros filósofos e historiadores que atestam a marca da mudança no cronótopo moderno a partir dos eventos-limite do século passado, levando a cabo uma discussão sobre o presentismo. Nosso objeto de análise foi a narrativa distópica de Laranja Mecânica, do escritor inglês Anthony Burgess (1917-1993), e a investigação se deu sob a luz da concepção temporal da obra. Além disso, outra distopia do mesmo autor foi contemplada 1985, escrita em um período posterior , com a finalidade de explicitar sintomas cada vez mais pessimistas nessa temporalidade, permitindo-nos identificar o problema da crise da consciência histórica moderna e da própria história enquanto disciplina.