Defesa de dissertação de mestrado Cíntia Moreira da Costa

Título: “O Éden Desejado e Querido” – História, Fotografia e Educação no Espírito Santo Durante a Primeira República (1908 – 1912)
Banca Examinadora:
Sebastião Pimentel Franco (Orientador)
Patrícia Maria da Silva Merlo (Examinador Interno- PPGHIS - UFES)
Maria Alayde Alcantara Salim (Examinador Externo - UFES)
Wenceslau Gonçalves Neto (Examinador Extern - UFU) 
Data de defesa: 02/05/2016
Horário: 14:00
Local: Sala de Seminários - IC III - Andar Superior

Resumo:
Esta pesquisa propõe uma leitura dos registros fotográficos referenciados no universo escolar presentes na documentação produzida pelo Governo do Espírito Santo, durante a administração de Jeronymo de Souza Monteiro, entre os anos 1908 e 1912. As fotografias inseridas na Mensagem final de governo encaminhada ao Congresso Legislativo, intitulada “Exposição sobre os negócios do estado no quatriênio de 1908 a 1912 pelo Exmo. Sr. Dr. Jeronymo Monteiro presidente do estado durante o mesmo período” constituem o corpus documental do trabalho. A pesquisa procura reconhecer como se operou a implementação do projeto educacional republicano no Espírito Santo durante a Primeira República, notadamente no governo de Jeronymo Monteiro, projeto este fortemente inspirado no modelo de reforma pedagógica e administrativa da área da Educação iniciado em São Paulo na década anterior. Consoante uma ideologia do progresso calcada em princípios do positivismo e do liberalismo que sustentavam todo o discurso republicano, a instrução pública era considerada área estratégica para superação do atraso econômico no qual se encontrava o Espírito Santo. Através das imagens, buscou-se verificar como as instituições escolares reproduziam as desigualdades vigentes na sociedade. Se, por vezes, complementam o discurso verbal, em outras ocasiões as imagens se contrapõem a esse mesmo discurso, trazendo informações diversas daquelas proferidas por meio de palavras. Este trabalho parte do princípio de que a fotografia não se constitui em um documento imparcial, muito pelo contrário: pressupõe o estabelecimento de um processo dialético e dialógico entre a “realidade”, o fotógrafo e o leitor.

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